Existe uma maneira mais correta de falar? – Conheça o preconceito linguístico
Quem está próximo do estudo de línguas provavelmente já se deparou com o termo “preconceito linguístico”. Por esse tipo de preconceito ser pouco conhecido pelo público, há aquelas pessoas que nem se dão conta de que a praticam. Antes de buscar entender essa discriminação, é preciso deixar duas coisas claras: a língua é como um organismo vivo e língua falada é diferente de língua escrita.
Sem seres humanos que se expressam ou comunicam pela fala, não há língua. Como nós, humanos, somos carregados de sentimentos, nos utilizamos da fala conforme a situação e a necessidade, podendo gerar novos verbetes ou palavras. O segundo ponto a ser esclarecido é que deve-se separar a língua falada da língua escrita. A primeira é um instrumento de sobrevivência e aprendida através do contato de um individuo com uma comunidade, a segunda se obtém através da escrita, memorização e treinamento, esse tipo precisa ter um padrão.
Quem está próximo do estudo de línguas provavelmente já se deparou com o termo “preconceito linguístico”. Por esse tipo de preconceito ser pouco conhecido pelo público, há aquelas pessoas que nem se dão conta de que a praticam. Antes de buscar entender essa discriminação, é preciso deixar duas coisas claras: a língua é como um organismo vivo e língua falada é diferente de língua escrita.
Sem seres humanos que se expressam ou comunicam pela fala, não há língua. Como nós, humanos, somos carregados de sentimentos, nos utilizamos da fala conforme a situação e a necessidade, podendo gerar novos verbetes ou palavras. O segundo ponto a ser esclarecido é que deve-se separar a língua falada da língua escrita. A primeira é um instrumento de sobrevivência e aprendida através do contato de um individuo com uma comunidade, a segunda se obtém através da escrita, memorização e treinamento, esse tipo precisa ter um padrão.
O preconceito linguístico, como qualquer outro preconceito, pode surgir comumente através da atitude discriminatória ou pejorativa daquilo que é diferente ou causa estranheza - o que pode ser facilmente despertado por um indivíduo, já que o cérebro humano é ávido pela busca de padrões. No Brasil, esse preconceito linguístico é intimamente ligado ao status social. Esse tipo de preconceito pode ser, portanto, determinada às variedades linguísticas.
A maneira (ou as maneiras) de falar tem grande impacto na sociedade. É possível identificar pela fala de uma pessoa a sua origem geográfica e classe social que ela pertence. Os meios de comunicação forçam uma sociedade a acreditar que existe uma maneira correta e única de falar um idioma. É o que acontece no Brasil, onde a maior força da mídia é se aglomera no sudeste e há o preconceito linguístico contra o sotaque do nordeste ou do interior, além de criar imagens de estereótipos, fortalecendo o preconceito. Não existe uma força correta de se falar o português no Brasil, cada região possui suas particularidades e seus vícios, soma-se também a questão de que a língua é como um organismo vivo em constante mutações.
Acredita-se que “falar corretamente” é algo com que se possa obter prestígio ou status, o que não é bem uma verdade. Os professores de língua portuguesa no Brasil, que na teoria detém a norma culta da língua, deveriam ter todo esse prestígio e um maior status, o que sabe-se que não é verdade. Não é falando conforme se escreve no padrão culto de uma língua que uma pessoa terá poder de persuasão perante um grupo, mas sim através da clareza da mensagem falada somando à forma como o público recebe essa mensagem.
Em relação a aprendizagem de línguas estrangeiras, há de certa forma uma predileção pela forma "padrão" estadunidense por parecer ser a mais correta ou a mais difundida através da mídia e de filmes e música. O que ocorre é que não existe um inglês mais correto que o outro. Um indiano usando inglês em Calcutá, ou um chinês em Hong Kong, um sul-africano em Joanesburgo ou um americano em Boston todos, falam uma língua global, que assumiu vários sotaques, facetas e regionalismos.
Quer aprender uma nova língua? Entre em contato com a Listen & Learn Brasil